
Em uma reviravolta digna de novela das oito, a reprovação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pelo mercado financeiro atingiu 58% em março, segundo pesquisa da Genial/Quaest. Este é o maior índice desde o início do governo e mais que o dobro registrado em dezembro do ano passado, quando a reprovação era de 24%.
Diante do cenário, economistas da Faria Lima já cogitam a criação de um “Grupo de Apoio para Sofredores do Mercado”. “A coisa está feia. Só na última semana, três analistas tentaram meditar, mas entraram em colapso ao ouvir a palavra ‘meta fiscal’. Um deles precisou ser socorrido após ler um tuíte do Haddad sobre equilíbrio orçamentário”, lamentou um especialista que preferiu não se identificar para não desvalorizar seu perfil no LinkedIn.
Bolsa em pânico e dólar à base de Rivotril
Os reflexos da reprovação já começaram a afetar o mercado. O dólar oscilou tanto nos últimos dias que foi diagnosticado com transtorno bipolar por um economista júnior da XP. “A moeda americana bateu R$ 5, depois caiu, depois subiu de novo… Já nem sabemos mais se é variação cambial ou um surto emocional”, comentou a analista de investimentos Maria Quebrada.
Enquanto isso, um grupo de investidores mais exaltados organizou um protesto silencioso na Avenida Faria Lima. Munidos de calculadoras, gráficos confusos e cópias do livro de Adam Smith, os manifestantes sentaram no meio-fio e entoaram mantras como “Despesas controladas, PIB blindado” e “Juros altos, nossa paixão”.
O plano de emergência do governo
Fontes do governo afirmam que medidas emergenciais já estão em estudo para acalmar o mercado. Entre as sugestões, destacam-se:
- Distribuir chá de camomila nas mesas de traders antes da abertura da bolsa;
- Criar uma playlist oficial do Banco Central com músicas relaxantes, incluindo “Tô Nem Aí”, de Luka, e “Deixa A Vida Me Levar”, de Zeca Pagodinho;
- Substituir reuniões técnicas por sessões de yoga com Roberto Campos Neto.
Caso tudo isso falhe, a última alternativa seria prometer um feriadão prolongado para os economistas, com direito a um retiro espiritual em Trancoso, sem acesso a notícias sobre política monetária.
Nas redes sociais, a crise virou motivo de piada. “A essa altura, se o Haddad prometer um café grátis na bolsa de valores, já melhora a confiança”, disse um usuário do X (antigo Twitter). Outro comentou: “58% de reprovação? Eu já tirei nota pior na faculdade e sobrevivi”.
Por enquanto, a única certeza é que Haddad seguirá firme no cargo – o que pode significar mais emoções fortes para o mercado. Ou, como diria um investidor anônimo: “Estamos preparados para tudo. Menos para outro tweet do governo falando em aumento de arrecadação”.